Preste atenção: Tucuruí Hoje

Pessoas em Tucuruí estão sobrevivendo com isso!!!

Recursos Culturais:
Até a emancipação do município, quando a população era composta em partes por brancos, negros e índios miscigenados ou primitivos, o povo e a cultura de Tucuruí formada em 200 anos de história, quase não sofreram influências nos seus costumes, comportamentos, hábitos e crenças. A cultura neste período, oriundo de uma história que começa em 1781, estava centralizada nos costumes empíricos locais. Porém, com o passar dos anos e acontecimentos que marcaram a história do município, entre estes a Estrada de Ferro, a Construção da Rodovia Transamazônica e a Construção da Hidrelétrica, observou-se que a cultura local recebeu considerável influência da cultura de outros estados, visto que, a migração ocorrida com estes acontecimentos, ocasionou a troca de experiências, hábitos e costumes.
   Uma mudança que se detecta facilmente, provenientes destes acontecimentos, é a linguagem popular ou sotaque do povo de Tucuruí, que nas últimas décadas se modificou, fugindo das tendências regionais caboclas, para se aproximarem das características habituais dos outros estados brasileiros dos quais tais populações migraram.
   Nas décadas de 40 e 50, as ramificações culturais do município, eram manifestações de forma aleatória, através das diversas comunidades. Existiam neste período manifestações folclóricas que representavam bem a cultura local, como Boi-Bumbás, Cordão de Pássaro e danças de Quadrilha, Samba de Cacete, Carimbó, Siriá, Lundu e outras. A culinária, os contos e lendas, e outros eram bastante diversificados e parecidos com a cultura regional amazônica, do Baixo e Médio Tocantins.
   Após um trabalho de resgate e valorização, fomentado nos últimos anos pelo Órgão Oficial de Cultura do Município e com esforço louvável da população de Tucuruí, que reconheceu o valor de suas manifestações culturais, hoje se pode dizer que mais e mais os valores oriundos da história deste município e transmitidos coletivamente ao longo da existência do povo que aqui reside e característicos da sociedade tucuruiense estão se fortalecendo, e principalmente, sendo reconhecidos, preservados e valorizados.

 Patrimônios:
    Apesar do município possuir alguns prédios, monumentos oriundos do período da Estrada de Ferro Tocantins, ainda não há um estudo de valorização para que possamos tombar tal patrimônio e incluí-lo como atrativos em algum roteiro turístico, a não ser uma das mais antigas locomotivas a vapor conservadas inteiras, popularmente conhecida como “Maria Fumaça”, que está exposta  ao lado do Centro Cultural, na Vila Permanente.

Acervos:
    Em termos de acervo museológico, o que município de Tucuruí possui está no Centro de Pesquisas Ambientais – CPA, pertencente a ELETRONORTE. São animais preservados através da taxidermia (técnica de empalhamento) de diversas espécies silvestres da Amazônia, os quais não resistiram ao estresse natural causado pela “Operação Curupira”, ou seja, o resgate de animais e plantas da imensa área durante a enchente do Lago da Usina Hidrelétrica, além de outros que foram vítimas dos caçadores. Também, são encontradas armas, armadilhas, redes de pesca, amostras de madeiras, etc... . Este acervo tem uma função didática e turística.

Manifestações Folclóricas:
   Danças, Folguedos e Bailados:

 Assim como em outras manifestações folclóricas, nas danças, folguedos e bailados o município de Tucuruí sempre sofreu influências dos valores culturais das  populações que para cá migraram, nos diversos  ciclos econômicos  ocorridos em Tucuruí e região. O certo é que, tais influências hoje já incorporadas a cultura local, adquiriram novas representatividades e valores, pois o encontro de diversas culturas acabou criando novos modos de manifestação presentes principalmente nas danças, entre estas se destacam: Boi-Bumbá, Cordão de Pássaro, Quadrilhas, Samba de Cacete, Carimbó, Siriá  etc., e a mais recente, a belíssima Dança do Tucunaré.     

Crendices, Contos e Lendas:
   Devido a uma formação cultural muito diversificada no município de Tucuruí, as crendices, contos e lendas, são ricas e de variadas temáticas. No entanto, as lendas, contam com o imaginário típico do homem amazônico, mais especificamente nas tradições populares paraenses da região do Tocantins, assim notamos na lenda da “A Cobra Norato”, que é das mais famosas e se espalha por toda a Amazônia, mas parece ter sido o centro de dispersão o trecho compreendido entre Patos e Abaetetuba. E assim como essa, há várias outras lendas, tais como: A Matinta-Pereira, A Menina que Virava Cobra, A Mulher de Branco, O Boto, O Barulho do Trole, Os Índios de Tucuruí, O Curupira, e muitas outras que estão no imaginário popular do povo de Tucuruí.   

Artesanato:
   O artesanato é outra modalidade que em Tucuruí se faz presente com fortes influências das migrações, que nas últimas décadas aconteceram no município, no entanto, possui uma das vertentes das mais autênticas e legítimas que uma cultura possa possuir.
   São os trabalhos diversos dos Índios Assurinis e Parakanãs, primitivos povos da região e, no entanto, ainda pouco conhecidos, pesquisados e valorizados. Com peças utilitárias decorativas, de valor histórico-cultural, e que hoje têm despertado uma excelente valorização nos mercados externos, pois são consideradas peças produzidas por povos de uma cultura autêntica ou ainda muito influenciadas pelos valores culturais modernos.
Já a produção artesanal urbana baseia-se em trabalhos de bordados, crochês, confecção de redes (influência nordestina), e trabalhos utilizando matérias primas naturais da região amazônica, como talas e cipós (influência cabocla regional). Recentemente, como acontece em outras partes do país, são confeccionados produtos artesanais, usando matérias primas industrializadas ou aproveitamento de material reciclável. 
   O município é constituído por uma cooperativa COOPAART (Cooperativa de Artesanato e Artes Plásticas de Tucuruí), e uma associação AAPATUC (Associação dos Artistas Plásticos e Artesões de Tucuruí).

Gastronomia:
    Após os períodos migratórios, nos quais Tucuruí recebeu fluxo de pessoas com seus hábitos e costumes vindos das várias regiões do país, principalmente do Nordeste e Centro-Oeste, além dos municípios vizinhos, a culinária local passou a absorver tais influências externas e apresentar pratos e comidas típicas, sendo estas feitas ou adaptadas com ingredientes regionais, como a grande diversidade de pescado e frutos, além do principal produto alimentício introduzido na região, a carne bovina.
   Tais influências gastronômicas apresentam-se em comidas como o vatapá, caruru, panelada (Nordeste), churrasco e massas em geral (Centro-Oeste, Sudeste e Sul), tacacá, maniçoba (regionais).
   A culinária local se apresenta principalmente, com as inúmeras espécies de pescados, proveniente do Grande  Lago da Usina Hidrelétrica Tucuruí, especialmente o Tucunaré, como exemplos de pratos têm: Tucunaré no Saco, Croquetes de Tucunaré, Tucunaré ao Forno, Tucunaré Assado na Folha de Bananeira, Tucunaré ao Leite de Coco, além de uso de outros pescados como o Pirarucu, Filhote, Mapará, etc, com os quais também são feitos excelentes pratos, tais como: Pirarucu ao Leite de Castanha-do-Pará, Acarí ao Molho de Tucupí, Filhote ao Molho de Camarão e Caldeirada de Filhote.
Além da diversidade de pratos, há também uma enorme quantidade de doces, sorvetes, licores e compotas feitas com as diversas frutas da região como o cupuaçu, o bacurí, o taperebá, o açaí, e inúmeras outras. 

Artes:
    Tucuruí possui algumas expressões artísticas que devem ser consideradas, obras estas que são demonstradas em esculturas, pinturas, desenhos e obras literárias e poéticas. Na vertente escultura, pintura e desenhos destacam-se artista com obras em entalhe em relevo na madeira, esculturas de madeiras, desenhos a grafite e pinturas a óleo sobre tela, com temas geralmente regionais. Nas artes literárias, Tucuruí se encontra num momento de aparecimento de novos valores e valorização das obras que são históricas-descritivas ou sintetizando a exaltação ao município.

Vultos e Personalidades Ilustres:
NOME
ÁREA DE ATUAÇÃO
Raimundo Ribeiro de Sousa
Política
Dom Cornélio Vermans
Religião, Social
Jacinto Ramos
Educação
Padre Pedro Hermans
Religião, Social, Cultural e Esporte
Pastor João Pereira
Religião
José Nery Torres
Política
Nicolau Zumero
Política
João Regis dos Santos
Social
Engenheiro Amyntas Lemos
Período Histórico da Estrada de Ferro
Darcilo Wahias de Abreu
Medicina
Adalberto Siqueira de Menezes
Período Histórico da Estrada de Ferro
Francisco de Assis Rios
Período Histórico da Estrada de Ferro
Engenheiro José Menezes Sena
Período Histórico da Estrada de Ferro
José Marcos dos Santos
Advocacia e Militar
Francisco Acyoli Meireles
Período Histórico da Estrada de Ferro
Humberto Rios
Período Histórico da Estrada de Ferro
Engenheiro Pedro Paulo Antônio Mileo
Política
Rui Aragão Batista
Social
Manoel Carlos Silva
Política
Felipa Maria Aranha
Formação Histórica do Município
Gov. José Nápoles Teles de Menezes
Formação Histórica do Município
Irmã Ivone Barros Lima
Religião e Educação
Padre Henrique
Religião
Agberto da Conceição Guimarães
Esporte
Levi Pinto de Mesquita
Esporte
Fulgêncio Barroso
Cultura Folclorística
Antônio Gomes da Silva
Cultura Carnavalesca




Fonte de pesquisas: http://cidadedetucurui.com/INICIO/A_CIDADE/CULTURA/ACULTURA.htm


Manifestações Religiosas:

   Em 1920, chegou a Tucuruí, Nossa Senhora da Conceição como proteção divina, trazida por um diretor da Estrada de Ferro Tocantins, Dr. Amyntas Lemos, que era devoto da mesma, devido aos constantes ataques dos índios na Vila Alcobaça. Com a chegada da Santa, melhorou a vida religiosa dos funcionários, que começaram a festejar durante nove dias, iniciando em 29 de novembro, com celebrações, leilões, festas, bingos, etc..., visando arrecadar fundos para a construção de novos templos e obras de caridade.
   São José foi o segundo homenageado, considerando Santo da Chuva que se comemora no dia 19 de Março, entretanto, devido as incessantes chuvas e cheias do rio Tocantins do período, houve necessidade de se transferir sua festividade para o mês de maio.
    A festa de Nossa Senhora de Nazaré, é comemorada a nove anos neste município, em função da impossibilidade da maioria dos fiéis deslocarem-se até a cidade de Belém, para participarem do Círio. A mesma é realizada em outubro com 05 (cinco) dias de novenas, finalizando com a tradicional procissão.
   Mês Mariano, é quando acontecem as novenas nas congregações de cada bairro. No último domingo do mês de maio, há o encontro de todas as comunidades na Igreja Matriz para a realização da Santa Missa.
Os evangélicos, no segundo domingo de dezembro, em comemoração ao Dia da Bíblia, reúnem-se em um local, durante 03 (três) dias, para fazerem a leitura completa da Bíblia, com vários irmãos que a lêem sem interrupções, até concluir o tempo determinado, e no último dia fazem passeatas pelas ruas com faixas e cartazes. Outras igrejas promovem cruzadas de evangelismo, vigílias, encontros, congressos e correntes de oração.



Artesanato  
Com uma vertente legítima e autêntica da cultura local, o artesanato desenvolvido pelos índios Assurinis e Parakanãs, ainda que pouco conhecido e explorado, encanta por sua beleza primitiva.
As peças de uso decorativo ou mesmo as bijuterias confeccionadas por esses índios, têm um enorme valor histórico e cultural, que hoje tem despertado grande interesse do mercado externo, por serem consideradas peças feitas por povos de uma cultura autêntica, mesmo que influenciada pelos valores modernos.
A produção artesanal urbana sofre um pouco mais a influência imigratória cultural.Os trabalhos desenvolvidos pelos artesãos locais são em sua maioria bordados, crochês, confecção de redes (influência nordestina), peças que usam como matéria-prima, produtos da região amazônica, como talas e cipós.
Um trabalho que expressa muito bem a riqueza natural e a essência cultural da cidade. Um trabalho para ser apreciado de perto!
 
 
 
 
 
 
 
 


FONTE DE PESQUISAS: http://cidadedetucurui.com/INICIO/A_CIDADE/CULTURA/ACULTURA.htm


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